Continuamos com o aranha. É bom ver como Bendis não perde o fôlego através das edições e dos anos.
E é legal ver também como o tempo passa nesses gibis. Durante essas 100 edições (1 por mês=100 meses=8 anos) só se passam alguns meses na história do teioso, uns 6-8 meses, o que pra mim é uma grande sacada e é o que deveria ser feito em todos os gibis de Super-Heróis icônicos. Ele tem 15 anos, e isso é promessa para o futuro, enquanto o Aranha do universo "normal" já tá véinho, casou, descasou, descobriu que tem uma tia imortal e essas coisas, esse aqui, até a edição atual (nº130, a ser postada) ainda tem...15 anos! Não se passou nem um ano! Outros autores do universo Ultimate preferiram seguir outra linha como é o caso dos Ultimates, de Mark Millar, que passava no tempo real (em 12 edições se passa um ano na história) mas foram séries fechadas, não gerando incongruências. Já Ultimate X-men começa numa linha (nos primeiros 36 nºs se passam 3 anos) e depois dá uma "desacelerada" geral, o que eu acho muito bom, a Jean Grey começa com 17 anos, chega aos 20 (ou 21, não lembro), e daí não passa. Coisa linda :P
Mas voltando do Devaneio (hehe), o universo aranhístico de Bendis é intrincado, e dá uma repincelada em praticamente toda a mitologia do herói, o que deixou alguns fãs não muito satisfeitos. Vários personagens dito "grandes" da Marvel viraram meros coadjuvantes, às vezes aparecendo em 1 ou 2 números apenas. Com isso, Bendis faz o "first appearance" de vários nomes Ultimate, como Elektra, Demolidor, Punho-de-Ferro, Cavaleiro da lua e até Dr. Estranho. Coadjuvantes, aliás, são o show a parte da série. Eles dão toda a profundidade da série, que apesar do universo teen é muitas vezes bem mais adulta que as regulares. O modo como a polícia e a mídia não descobre a identidade do saltitante Peter Parker é um exemplo disso. Recheadas de conspirações militares, políticas e econômicas, sem deixar de lado a ficção-científica (a base de histórias desse tipo), as tramas tornam-se grandes demais para um jovem de 15 anos e logo sentimos pena do herói, outra marca do cabeça-de-teia muito bem explorada por Bendis: a desgraça que vêm junto às aventuras, muuitas aventuras.
E tudo isso em menos de um ano?? Pois é, isso só pode significar uma coisa: leia em ritmo alucinante!!!!
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